quinta-feira, 18 de outubro de 2012

I Seminário Internacional de Promoção da Saúde, Desenvolvimento Local e Municípios Saudáveis



Abertura do I Seminário Internacional
Em setembro passado, dias 27 e 28, o NUSP/UFPE realizou o I Seminário Internacional de Promoção da Saúde, Desenvolvimento Local e Municípios Saudáveis, no intuito de fortalecer a cooperação sul-sul em Promoção da Saúde mediante a parceria Brasil-Japão. O evento foi uma realização conjunta com a Agência de Cooperação do Japão (JICA), por meio do Programa de Parceria Brasil Japão (JBPP), e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores do Governo Federal do Brasil.
Na abertura do Seminário, o público participante foi recepcionado com a apresentação cultural do Grupo Instrumental Ensemble Clarineta, coordenado pelo Profº Jaílson Raulino. O grupo, formado por alunos e professores da classe de clarineta do Departamento de Música da UFPE, atua como agente de divulgação, interação e como elemento de apoio pedagógico na prática coletiva do instrumento. Tem como meta promover e realizar recitais didáticos, visando suscitar o gosto pela música e pelo estudo do instrumento, a clarineta.
A abertura solene do Seminário foi realizada, na sequência, com a presença de representantes da JICA, professores da UFPE, UFRPE, PUC-PR, FIOCRUZ, ABRASCO e Agência de Planejamento e Pesquisas CONDEPE/FIDEM do governo do estado, além de egressos e alunos da quarta edição do Curso Internacional de Promoção da Saúde, Desenvolvimento Local e Municípios Saudáveis e equipe técnica do NUSP. 
 
dois dias de intenso diálogo
 
Foram dois dias de intensa programação, onde egressos e participantes da quarta edição do Curso (realizado desde 2009), oriundos de países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Guatemala, Honduras, México, República Dominicana e Uruguai) e países africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe), apresentaram os desdobramentos e a repercussão da formação que tiveram, em seus países de origem junto às instituições às quais estão vinculados e às comunidades nas quais estão inseridos, o que possibilitou uma maior interação entre eles. O diálogo se deu ao lado de professores e tutores do curso (NUSP/UFPE), de representantes das instituições de cooperação envolvidas, pesquisadores e especialistas de universidades, instituições de pesquisa e associação de pesquisadores do Brasil, além de outras organizações (UFPE, UFRPE, ABRASCO, Cris-Fiocruz, UnB, PUC-PR, MS e OPAS)[1].
Para subsidiar as reflexões, debates e encaminhamentos para o futuro da cooperação, foram apresentados os resultados da avaliação feita pela JICA junto aos egressos sobre a formação, e ainda conferências acerca das cooperações sul-sul (Cris-Fiocruz) e norte-sul (JICA/Tóquio) em Saúde Pública, e da mesa redonda sobre Saúde, Educação e Cooperação Internacional. Como resultados dos três primeiros anos do Curso, revelaram-se atividades e ações que vão desde aquelas que têm foco na mudança de atitudes individuais e de pequenos grupos, passando por projetos de intervenção nas comunidades/bairros e municípios; projetos de escolas promotoras de saúde a fim de integrar conteúdos curriculares que tem inter-relação com a saúde em escolas de níveis básico e intermediário; atualização de conteúdos programáticos de cursos de graduação na área da Saúde, bem como de ações de extensão de estudantes universitários; ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças que impactem na melhoria do rendimento escolar de crianças; implementação de projetos que pretendem promover a cultura local, a preservação ambiental, o combate à doenças como a Dengue, a realização de campanhas para a adoção de hábitos de higiene pessoal; elaboração de planos municipais e apoio e orientação na estruturação de redes de associações comunitárias; até articulação e participação na formulação de políticas públicas e de alterações em legislações locais.

africanos e latinoamericanos refletem sobre o futuro da cooperação
O I Seminário Internacional pôde confirmar o impacto do Curso no fortalecimento do capital social local dos países participantes, reforçando a necessidade da sua continuidade, além do encaminhamento de duas propostas formalmente apresentadas pelos participantes. Uma delas, em discussão desde 2010, é a estruturação da Rede Africana de Municípios Saudáveis. Compreendendo as particularidades de cada país, os africanos consideraram fundamental o esforço no sentido de garantir o compromisso dos países, assim como identificaram algumas estratégias para consolidação da Rede, tais como a implementação de um projeto-piloto em um dos países que pudesse depois ser replicado nos demais; negociação e acordos junto às embaixadas de cada país; a criação de um colegiado pra garantir a gestão e a adoção de uma política de comunicação que alimente a Rede. A outra proposta é da estruturação da Comunidade Latino-americana de práticas em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Local, Municípios e Comunidades Saudáveis com o objetivo de aproximar pessoas, instituições e organismos que compartilham realidades semelhantes, problemas comuns e que desejam aprofundar conhecimentos e difundir experiências através de uma interação contínua de modo a fortalecer e ampliar suas relações. A efetivação da comunidade de práticas, segundo os seus idealizadores, notadamente os participantes da quarta edição do Curso, contribuirá para consolidar a continuidade do Curso e a interação dos egressos, além de advogar em prol da adoção de políticas públicas saudáveis nos países que integram a Comunidade.
[1] UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco; ABRASCO – Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva; Cris- Fiocruz – Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz; UnB – Universidade de Brasília; PUC-PR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná; MS – Ministério da Saúde; OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde. 

sábado, 29 de setembro de 2012

III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis




Grupo de Trabalho 1
TERCEIRA PARTE

por Gorete Linhares
O segundo dia do III Encontro Nacional, 25.09, foi dedicado às discussões dos Grupos de Trabalho, palestra do IPHAN sobre Olinda e caminhada cultural no centro histórico da cidade patrimônio. Os Grupos de Trabalho refletiram acerca de questões estratégicas e os seus integrantes (pesquisadores, professores, técnicos dos ministérios envolvidos, além de outros atores envolvidos) elaboraram propostas e fizeram recomendações para encaminhamento das ações e articulações nas diversas frentes de atuação.
Construção de indicadores e estabelecimento do Fórum Nacional das Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Comunidades Saudáveis e Sustentáveis foi o foco de atenção do Grupo 1. O Grupo 2 refletiu sobre a convergência do programa Saúde na Escola – PSE com a Estratégia Cidades/Municípios Saudáveis, identificando referenciais para o fortalecimento da estratégia. Levantar elementos e subsídios acerca da saúde urbana para inserção na Política Nacional de Saúde Ambiental foi tarefa do Grupo 3.
Grupo de Trabalho 2

O reconhecimento institucional do Fórum no âmbito do Ministério da Saúde foi uma das principais recomendações do Encontro, assim como a parceria entre os ministérios (principalmente, Saúde e Meio Ambiente). Os participantes do encontro também destacaram a necessidade de implementar matriz de diagnóstico de situação e planejamento adaptada aos territórios saudáveis. Além de contemplar estudos garantindo especificidades e convergências, e identificação e agregação de capacidades das temáticas - Saúde Urbana e Saúde Ambiental.

Em síntese, os grupos indicaram pontos que vão orientar os diversos setores e atores que atuam nesse campo, tais como a necessidade de ampliar diálogos interdisciplinares, intrasetoriais e a intersetoriais; pautar temáticas em movimentos e agendas - PSE, Política Nacional de Saúde Ambiental, Saúde Urbana, Política Nacional de Promoção da Saúde; desenvolver ações de divulgação e comunicação e captação de recursos para sustentabilidade das ações.
 
Grupo de Trabalho 3
O III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis teve encerramento no dia 26 com apresentação, debates e ajustes nas recomendações feitas pelos Grupos de Trabalho, além de discussões em torno da importância da cooperação internacional com Terceiros Países a partir das experiências da JICA e da OPAS e o contexto da estratégia “Cidades/Municípios Saudáveis” no âmbito do Ministério da Saúde.

III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis



por Lisandra Nascimento
  
 
SEGUNDA PARTE 
O III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis também discutiu essa semana a "Efetividade de Promoção de Saúde e Desenvolvimento Sustentável e o Estabelecimento do Fórum Nacional das Redes de Cidades, Municípios e Comunidades Saudáveis e Sustentáveis (FNRCS)". Sessão que contou com a contribuição da pesquisadora da Fiocruz, Andréia Setti. A pesquisadora apresentou parâmetros conceituais e matrizes utilizadas para a "Avaliação da Efetividade de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável", com foco na evolução de efetividade em Saúde Pública e, Promoção da Saúde e Atenção Primária.
“As iniciativas e Ações Conjuntas das Estratégias de Municípios Saudáveis” foi o foco da terceira sessão do Encontro, onde foi possível refletir sobre a importância do PSE (Programa de Saúde na Escola) frente aos desafios da Saúde Ambiental, uma questão levantada por Cícero Dedice, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, que apresentou a aplicação piloto da matriz de avaliação no município de Limoeiro (PE). Em seguida Carlos Silva da ABRASCO, abordou ainda a experiência do projeto ‘Ações Integradas em Promoção da Saúde – AIPS’ como uma estratégia para o Desenvolvimento Local. O palestrante destacou os diferentes contextos no qual ele pode ser inserido. Finalizando, a Profª Dais Gonçalves da UNB falou sobre alguns fatores para a implementação do conceito de municípios saudáveis e sustentáveis no Distrito Federal, que desenvolve, atualmente, capacitação de gestores e atores sociais de algumas das suas regiões administrativas (cidades-satélites) a fim de que sejam construídos projetos de intervenção nesses territórios a partir da ótica da promoção da saúde, experiência que conta também com a expertise do NUSP/UFPE na área da formação de promotores de municípios saudáveis.
A quarta e última sessão do dia, teve como tema o ‘Observatório de Saúde Urbana’. Mara Oliveira, representante da OPAS destacou estratégias e planos de ações para o empoderamento da Saúde Urbana. Na oportunidade, foram aportados encaminhamentos para a 10º Conferência Internacional de Saúde Urbana e análises acerca da Rede Nacional de Observatórios de Saúde Urbana. Uma discussão plenária fechou o primeiro dia do III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis.

III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis



(PRIMEIRA PARTE)
por Lisandra Nascimento e Marcella Queiroga

Recife sediou esta semana, entre os dias 24 e 26, o III Encontro Nacional de Iniciativas e Redes de Cidades, Municípios e Territórios Saudáveis e Sustentáveis, uma realização do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Prestigiaram a abertura do evento: o Pró-Reitor de Extensão da UFPE, Profº. Edilson Fernandes; a pesquisadora da Fiocruz/PE, Drª. Idê Gurgel; Drª. Luciana Albuquerque, representando a Secretaria Estadual de Saúde; o Sr. Seiki Tateno, representando a Agência de Cooperação do Japão em Tóquio; o secretário executivo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Sr. Carlos Silva; O chefe de gabinete da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Drº. Moacir Moreira de Assunção; Thenile Machado do Carmo, representando a Diretoria de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.
 
"Ações Ministeriais e Iniciativas Saudáveis" foi o tema da primeira sessão. O Drº. Moacir Moreira explicou a política da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, destacando os diversos projetos na área de Desenvolvimento Social e Sustentável, inseridos nas ações da Promoção de Saúde como: Gestão Ambiental Urbana, Programa Água Doce, Mercantilização dos Ecossistemas, Controle Social e Tecnologia de Ponta. Na sequencia, Edmundo Gallo, pesquisador da Fiocruz aportou algumas contribuições para reflexão dos participantes, abordando questões como: Ciclo Social e Ciclo de Sustentabilidade; o desenvolvimento sustentável e a determinação social da saúde, contextualizando o cenário político mundial e brasileiro, frente aos desafios para a Cúpula do Milênio, destacando como um desafio a inserção da saúde nesses processos. Gallo considerou relevante acompanhar a política de avaliação e monitoramento do Sistema Ùnico de Saúde (SUS). A última palestra da sessão foi ministrada por Rogério Fenner, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que apresentou o cenário relativo à "Distribuição das Iniciativas e Redes Brasileiras de Cidades, Municípios e Comunidades Saudáveis Sustentáveis", que, segundo os dados do expositor, agrega atualmente cerca de 176 municípios que integram 21 redes e/ou iniciativas de municípios/cidades/comunidades saudáveis e sustentáveis nas cinco macrorregiões brasileiras – Distrito Federal e 19 estados, com concentração na região sudeste.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cooperativismo foi tema de aula na terceira semana do TCTP



por Lisandra Nascimento e Marcela Queiroga
Como tema de relevância frente aos desafios do desenvolvimento local, um dos eixos do curso, o cooperativismo foi abordado em aula do professor Emanuel Sampaio, da Universidade Salgado de Oliveira. Com a participação de uma representante da Cooperativa PRO-Recife, que é formada por catadores de lixo da comunidade do Caranguejo Tabaiares, localizada no bairro de Afogados, o grupo de latino-americanos, que integra a quarta edição do Curso, pôde compartilhar das experiências e dificuldades (principalmente de incentivo) vividas pelos catadores.
Ao longo dessa terceira semana do IV Curso Internacional de Promoção da Saúde, Desenvolvimento Local e Municípios Saudáveis, os alunos conheceram um pouco mais acerca da Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis, através de depoimentos de integrantes da Rede que relataram as experiências bem sucedidas, além dos debates sobre as ações aqui desenvolvidas.
Na sexta-feira, dia 21, houve a segunda etapa de apresentações das propostas de intervenção dos participantes do TCTP. Nesse segundo momento, o foco foi a metodologia a ser aplicada e os resultados esperados. Em síntese, as propostas pretendem criar articulações de políticas públicas a partir de experiências bem sucedidas, inserindo métodos que possam levar uma melhor qualidade de vida para os seus locais de origem, bem como ações de fortalecimento às comunidades no desenvolvimento de estratégias que tenham como objetivo a melhoria da qualidade de vida.